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Perfil comportamental: quais são os 4 tipos e por que avaliar?

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Toda empresa depende dos seus funcionários para alcançar grandes resultados. Mas para ter as pessoas certas nos lugares certos é preciso avaliar quem está apto para o cargo, o que pode ser feito por meio do teste de perfil comportamental.

Em resumo, esse teste tem o objetivo de analisar o comportamento das pessoas em determinado ambiente, como o empresarial. Assim dá para saber quem é mais analista, confiante, comunicativo, entusiasmado e assim por diante. Depois, o gestor pode agir estrategicamente, contratando ou promovendo, por exemplo.

Neste artigo nós reunimos tudo o que você precisa saber sobre o assunto e esclarecemos os 4 principais tipos de perfil comportamental. Portanto, leia nosso artigo até o fim.

Afinal, quais os tipos de perfil comportamental?

A descrição do perfil pode variar muito de acordo com a metodologia usada. Alguns métodos comparam as pessoas com animais, como águias ou tubarões. O mais comum no mundo é o método DISC, que surgiu em 1928.

O nome vem de um acrônimo de quatro palavras do inglês: dominância, influência, estabilidade (do inglês steadiness) e cautela. Elas também representam os perfis que, predominantemente, podem ser vistos no ambiente de trabalho:

  • Dominante — profissional mais centralizador, que toma decisões por conta própria, tem pulso e domínio. Ao invés de receber, prefere dar ordens;
  • Influente — comunicador nato, capaz de influenciar e liderar outras pessoas. Em geral, gosta de ser o centro das atenções e iniciar novas relações;
  • Estável — observador e metódico. Gosta de processos, estruturas e coisas certas (status quo). Não se arrisca. Quando líder, costuma ser acolhedor;
  • Cauteloso — profissional mais analisador, que pensa duas vezes antes de fazer qualquer coisa. Costuma ser criterioso e regular seus colegas de trabalho.

O perfil do profissional pode mudar de acordo com o tempo, com o ambiente ou posição que ocupa. Nenhum talento é só influente ou dominante, pois pode apresentar diferentes características comportamentais (mas uma é predominante).

Ao analisar quase 700 líderes brasileiros com base no método DISC, uma pesquisa descobriu que líderes são altamente dominantes e influentes (fatores naturalmente mais esperados). Em negócios que exigem muito planejamento, líderes com perfil estável se destacam.

Por que avaliar o perfil comportamental?

Existem muitas possibilidades para avaliar o perfil comportamental dos talentos, mas é comum que isso seja feito para se tomar uma decisão importante — como demitir, promover ou contratar alguém. Entenda essas e outras razões:

Contratar a pessoa certa

Encontrar bons profissionais é um desafio, por isso, os especialistas em RH investem tanto em técnicas de seleção. Hoje não basta observar as competências técnicas, é preciso avaliar as competências comportamentais do candidato.

Em outras palavras, o profissional tem um conjunto de comportamentos alinhados ao restante da equipe de trabalho? Imagine um profissional metódico em uma equipe inovadora, talvez a relação não dê muito certo. Logo, é preciso avaliar o comportamento do profissional ainda no processo de contratação.

Dar feedback aos talentos

Outra possibilidade é usar a avaliação para gerar feedback aos colaboradores. Todo profissional precisa receber retornos, considerações dos seus superiores para que possa crescer. Sem a análise comportamental, esse retorno fica incompleto.

O perfil comportamental pode dizer se o empregado é altamente centralizador ou cauteloso, fatores que, em excesso, causam danos ao senso de equipe e ao negócio. Em resumo, a análise comportamental permite um feedback acertado.

Promover novos líderes

Promover os colaboradores a cargos de liderança é uma forma de valorizar quem está dentro da empresa. Mas não é uma tarefa fácil! Nem todo talento tecnicamente capaz tem perfil para liderar. Então, como promover a pessoa certa?

Mais uma vez, a análise do comportamento é a principal técnica. Ela permite identificar empregados influentes e dominantes, características naturais aos líderes. Também identifica aqueles que têm aptidão para analisar e planejar, bem como agir com alinhamento aos valores da firma (hoje, chamado de fit cultural).

Desligar os menos compatíveis

Tão importante quanto contratar e promover, é desligar as pessoas certas. Desse modo, é possível manter a correta configuração do time, dar exemplo aos outros empregados e eliminar os profissionais menos talentosos.

O problema é que nem sempre é fácil definir quem merece ser desligado. Nesse caso, a análise de perfil comportamental avalia quais colaboradores têm perfil compatível com o da empresa e seus colegas de trabalho, merecendo permanecer no time. Assim, o processo de demissão ganha parâmetros mais claros e eficazes.

Criar planos de carreira e sucessão

Planos de carreira e sucessão são uma espécie de mapa que diz quais cargos os profissionais poderão ocupar no futuro. Seu principal benefício é o estímulo aos talentos, motivando-os a entregar bons resultados e permanecer na “casa”.

Mas para definir quais cargos um talento vai percorrer ou suceder, é necessário conhecer seu perfil comportamental. Por exemplo, o profissional tem aptidão para chefiar as relações públicas (RP)? Novamente, a análise comportamental é a melhor saída. Ela permite identificar se o candidato tem as competências certas.

Como avaliar o perfil dos profissionais?

No caso do método DISC, o mais comum é contar com um software com questões previamente estruturadas, que devem ser respondidas pelo profissional. O sistema cruza e transforma as respostas obtidas em relatórios, indicando o perfil comportamental do entrevistado. Ou seja, o processo é todo automatizado.

No entanto, tradicionalmente, o processo é feito por meio de um questionário impresso ou no Excel. Uma série de perguntas são feitas ao profissional, que deve enumerá-las com notas de 1 a 4 (respectivamente, que menos e mais se identifica).

Por exemplo, “Você pode ser considerado inseguro”. Em seguida o profissional responde essa questão com nota de 1 a 4. No final, todas as respostas são somadas, estruturadas e analisadas pelo especialista em RH. Assim, ele saberá se o talento tem aptidão para permanecer na empresa ou ser promovido.

Como o processo é longo e demanda muita atenção, o mais recomendado é realizá-lo com a ajuda de um software ou planilha de teste de perfil DISC no Excel. Desse modo, terá relatórios com mais segurança, acerto e agilidade.

Enfim, agora você sabe quais são os quatro tipos de perfil comportamental e como analisá-los. Ao usar essa técnica dentro da empresa, você poderá fazer uma melhor gestão de pessoas, reconhecer os profissionais certos, desligar os que menos contribuem com o sucesso e otimizar o crescimento de todo o negócio.

Assim como a análise de perfil contribui para encontrar os profissionais certos, há outros métodos eficazes. Para conhecer um dos mais importantes, leia também nosso artigo sobre a obtenção de referências dos candidatos.

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