Em alguns anos trabalhando com Recursos Humanos você começa a analisar as opções de carreira dentro deste setor pelas inúmeras alternativas de atuação. É comum a porta de entrada ser o Departamento Pessoal, que constrói uma base sólida para qualquer que seja o segmento em que o profissional pretende trilhar, entretanto é válido lembrar que não se trata só de folha de pagamento e burocracia, essa área vai muito além disso e se destaca nas empresas estando cada vez mais presente e sendo chamado de RH 4.0, o qual é resultado de muitas transformações no que envolve principalmente tecnologias e gestão pessoas.
Diante de toda essa repercussão, o questionamento por seguir o caminho como especialista ou generalista reina na cabeça de vários profissionais. Qual seria o melhor cenário futuro? Qual o mais promissor? Quais empresas contratariam generalistas e quais contratariam especialistas?
Bem, vamos falar do generalista que é o foco nos últimos anos. As empresas menores, familiares ou startups buscam otimizar as demandas do setor em um único profissional que se responsabiliza desde a parte mais burocrática do DP até segmentos como recrutamento e seleção, treinamento de funcionários e as demais repartições do âmbito de pessoas. Isso agrega muito conhecimento ao profissional que precisa estudar as partes de forma geral, mas sem ser superficial, pois normalmente está ocupando uma posição estratégica e de controle na empresa. Além do mais, o gerente generalista é como um fio condutor entre a empresa e os funcionários, agregando inclusive conhecimento do negócio juntamente com a diretoria. Muito visto no mercado atual é o business partner, que atua como um staff ou um conselheiro da alta administração em empresas maiores, desenvolvendo seu papel de forma estratégica e visionária.
A contratação do generalista no que diz respeito à enxugar custos em épocas de economia desequilibrada está sendo uma ótima saída para as empresas, porém, junto disso vem a dificuldade em encontrar profissionais prontos no mercado com tanto conhecimento agregado. Assim, muitas pequenas empresas optam por alguém que esteja trilhando esse caminho e aceite se desenvolver no dia a dia, junto com a organização.
Já os especialistas, investem sua energia em uma determinada demanda no setor de pessoas, seja no recrutamento e seleção, no treinamento e desenvolvimento, em cargos e salários ou no departamento pessoal, tendo como principais formações psicólogos e administradores para as primeiras áreas e contadores para a última. Porém, mais importante que a formação é a própria especialização, tanto por teoria em cursos ou pós-graduação, quanto pela experiência em campo a qual é muito procurada nos profissionais do mercado atual. Normalmente o especialista é referência no assunto pois precisa se aperfeiçoar muito em sua área para ser um profissional disputado no mercado, onde geralmente é contratado por empresas de médio a grande porte, que já possuem um setor estruturado de Recursos Humanos.
Enfim, o RH é tão amplo que é válido qualquer caminho que o profissional opte por trilhar, começando como estagiário ou mudando a direção de sua carreira com uma especialização, optando por atuar de forma generalista ou de forma especialista. De qualquer modo é uma área em crescente evolução que necessita de profissionais qualificados e que estejam abertos a acompanhar as grandes mudanças ao se falar do bem mais precioso das organizações: as pessoas.
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