A correta liderança de pessoas e equipes é crucial para o sucesso de todo negócio, afinal, são os profissionais que tornam as metas e objetivos realidade. No entanto, há vários desafios da gestão de pessoas que precisam ser driblados no expediente.
Alguns desses desafios referem-se às limitações dos próprios empregados, como a falta de competência para realizar certa tarefa. Outros, todavia, dizem respeito à alta administração, aos erros nos processos de RH ou à falta de tecnologia de ponta.
Nos próximos tópicos, vamos explicar os principais desafios da gestão de pessoas e mostrar como eles podem ser superados. Então, continue a leitura com atenção!
1. Falta de investimento na gestão de pessoas
O RH não é um setor à parte, suas atribuições contribuem para o sucesso dos outros departamentos e de toda a empresa. Infelizmente, a alta administração nem sempre vê isso. Logo, o setor tem dificuldade de obter um bom orçamento para suas tarefas.
Para mudar isso, é preciso mostrar que o RH gera retorno sobre o investimento. Mostre porque investir nas pessoas é — também — investir na empresa. Para tanto, fale dos ganhos com retenção de talentos, motivação das equipes e mão de obra qualificada.
De igual modo, vale usar algumas pesquisas em seu favor. Ao monitorar 53 empresas por 5 anos, um estudo veiculado pela Harvard mostrou que aquelas com boas práticas de gestão de pessoas tiveram desempenho 51% superior, se comparado ao mercado.
2. Comunicação interna de baixa qualidade
Dentro da empresa, a comunicação sempre existe. Quando o diretor envia um e-mail para seus subordinados ou a gerente de vendas se reúne com sua equipe, por exemplo. O problema é que essa comunicação nem sempre ocorre com qualidade.
Sem o bom diálogo, é provável que conversas paralelas, conflitos interpessoais, erros e até acidentes de trabalho se tornem frequentes. A indiferença com a comunicação é como uma metástase, pois se alastra rápido e com violência por dentro da empresa.
Para superar esse desafio, é preciso agir em dois sentidos: primeiro, reforçando a importância da comunicação entre a alta administração. Todo líder deve se comunicar bem com seus subordinados, cascateando as informações certas e pertinentes.
Depois, é necessário implementar bons canais de comunicação. Sistemas de gestão, murais de recados, aplicativos mobile, redes sociais, e-mail, celular corporativo e assim por diante. Avalie quais canais se adéquam ao time e ao orçamento disponível.
3. Baixo índice de custo-benefício nas capacitações
No Brasil, há uma média de 21 horas de treinamento ao ano. Esse número ainda é baixo, se comparado aos países mais desenvolvidos. Um dos motivos prováveis é o baixo custo-benefício visto pelos administradores, que nem sempre enxergam um efetivo retorno.
Para aumentar a relação custo-benefício, comece por planejar bem os treinamentos que serão feitos. Avalie quais competências técnicas e comportamentais realmente precisam ser aprimoradas, depois estabeleça qualificações exatamente nesse sentido.
Outra saída é encontrar meios acessíveis de capacitação. O treinamento colaborativo, no qual os próprios funcionários criam e executam o treinamento, é interessante. Também há o treinamento online, feito por computador e outros dispositivos móveis.
4. Escassez de mão de obra qualificada
Em nível global, 38% dos empregadores afirmam ter dificuldades para contratar mão de obra qualificada. No Brasil, esse número é pior e chega a 61% dos empregadores — um dos 5 piores colocados no ranking da ManpowerGroup. Porém, como superar isso?
Há muitos caminhos prováveis. Para atrair e contratar mais talentos, é interessante construir uma marca empregadora. Assim, estará integrando técnicas de marketing à gestão de pessoas, objetivando tornar a empresa um grande ímã de talentos.
Outra dica é deixar de considerar só competências técnicas. Foque no comportamento dos candidatos, como atitudes e valores apresentados. Lembre-se que fatores técnicos, como conhecimento de vendas, podem ser desenvolvidos com maior facilidade.
Por fim, valorize quem já está dentro da empresa. Em vez de buscar profissionais de fora da empresa para cargos de liderança, qualifique os atuais colaboradores e ofereça uma promoção. Assim, além de driblar a escassez de talentos, poderá motivar o time.
5. Retenção e desligamento dos profissionais certos
Um adulto comum toma cerca de 35 mil decisões por dia. Já o líder de pessoas tem o desafio de decidir quem deve ficar e quem deve sair do quadro de trabalho. Uma decisão errada pode custar o ânimo do time, além de causar a evasão dos talentos.
Por causa disso, é errado usar a afinidade ou outros critérios subjetivos para decidir quem fica e quem sai do trabalho. O correto é contar com a meritocracia. Os melhores profissionais devem ser mantidos, os demais reciclados ou desligados da empresa.
No entanto, o que é mérito? Jack Welch, ex-CEO da General Eletric, mensurava o mérito dos seus subordinados tendo em vista dois fatores: a entrega de resultados e o alinhamento com os valores da empresa. Assim, poderia decidir quem manter.
Talentos que estão alinhados aos valores da empresa e que entregam bons resultados devem ser mantidos, talvez até recompensados e promovidos. Por outro lado, aqueles que não preenchem algum dos quesitos, devem ser desligados do trabalho.
6. Acompanhamento da digitalização da gestão de pessoas
Um estudo da Deloitte, ao conversar com 10 mil líderes de RH, constatou que 56% das firmas estão redesenhando seus processos de RH para aproveitar ferramentas digitais. Além disso, 33% dos times de RH já contam com algum tipo de inteligência artificial.
Esse é o reflexo da gestão de pessoas 3.0, mais estratégica e digital. Nesse caso, o desafio está em acompanhar o alto grau de mudança. É preciso repensar os processos diários e aproveitar plataformas que otimizem o trabalho do RH, digitalizando-o.
No recrutamento e seleção, por exemplo, vale a pena contar com plataformas de busca de profissionais talentosos. Nesse caso, a empresa terá acesso a um banco com milhares de profissionais e poderá realizar boa parte da seleção de maneira digital.
Como pode observar, são muitos os desafios da gestão de pessoas. Da falta de investimento até a rápida transição para o digital, é preciso enfrentá-los com inteligência. Para tanto, aproveite nossas dicas, mude o que for possível e nunca esteja satisfeito.
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