Longe de ser um conselho conformista!
Aceitar o que não podemos ou devemos mudar é uma recomendação que leva em conta a maturidade, especialmente no mundo do trabalho.
Em meus atendimento de Coaching ou nas Consultorias que presto à diversas companhias, presencio o esvanecer de energias, o desperdício de foco e um gasto desnecessário de si mesmo.
Não que a frustração não deva ser digerida, elaborada interiormente. Não mesmo! É preciso organizar as ideias, escutar a voz interna, buscar causa raiz, elencar vantagens e desvantagens sobre as questões que custamos a aceitar. É preciso pensar e sentir… e isso exige coragem até para decidir não aceitar.
Mas protelar decisões, entrar no círculo vicioso das reclamações, fugir das escolhas que necessariamente precisamos fazer é perda. Perda de tempo, de energia, de autocontrole e de vida!
1- Não concorda?
Verdadeiramente não é a favor dessa ou daquela questão? Exponha seu ponto de vista, busque argumentos reais e palpáveis, clareie a ideia para você mesmo. Assuma o protagonismo da mudança que você quer ver.
2- Não é possível sobreviver a essa discordância?
Tome uma atitude. Escolha outras possibilidades e oportunidades. Não protele, nem acelere em demasia quaisquer decisões. Não engane a você mesmo, nem se arme de rancor ou tristeza. Aceita que há coisas que não podem ser mudadas. Isso dói menos. Procure outros caminhos.
3- É possível conviver com essa frustração?
Aceita que dói menos. Siga em frente, dê o seu melhor. Construa aquilo que você acredita e tem condições de realizar.
Em minhas experiências pessoais e profissionais, percebo que é possível que a discordância avance lentamente ao se auto formular a primeira pergunta. Talvez tropece na segunda e acabe por ser superada na terceira.
Simples assim. Isso, no entanto, não quer dizer que seja fácil. Requer alto grau de maturidade e consciência. Quanto de mim não está na questão que custo aceitar? Sou eu ou a situação de fato?
Dê quatro passos para trás. As obras de arte e muitas das circunstâncias da vida são melhores percebidas e entendidas a certa distância.
Susi Berbel
Business Executive Coaching, Contoterapeuta, Doutoranda em Educação, Professional and Self Coaching pelo IBC, Mestre em Comunicação e Cultura, Pós-graduada em Psicanálise Organizacional, sócia da Acesso Assessoria de Comunicação e Cultura.